Ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil, nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Taylor, 1980, Miranda; Rivadavia, 2010).
<i>Utriculariatridentata</i> é caracterizada por ervas terrestres, perenes, e apresenta síndrome de polinização provavelmente entomófila. Não é endêmica do Brasil. Ocorre nos Estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, possivelmente, Rio de Janeiro e Paraná, em Campos Úmidos, banhados, em beira de regatos e cachoeiras, preferencialmente em áreas alagadas da região Sul do Brasil, entre 1.100 e 2.000 m de altitude. Tem EOO de 8.941,18 km² e seus hábitats de ocorrência encontram-se severamente fragmentados. É protegida pelo Parque Nacional do Caparaó e Parque Nacional de Itatiaia. Embora pouco representada em coleções científicas, apresenta coletas recentes no Rio Grande do Sul. São necessários investimentos em pesquisa científica e maior esforço de coleta nas áreas de ocorrência da espécie a fim de se certificar a existência de suas subpopulações.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Habitat Loss/Degradation (human induced) | very high | ||||
No Estado do Rio Grande do Sul, o desmatamento dos bosques naturais, especialmente da Floresta Estacional e da Mata dos Pinheiros, é uma das conseqüências do modelo de desenvolvimento que sempre buscou novas fronteiras agrícolas e novas áreas para cultivo, promovendo o plantio até a borda dos cursos d´agua, com perda de vegetação ciliar, e implicando no uso de adubos químicos de alta solubilidade e na aplicação de herbicidas e pesticidas. A conseqüência imediata da retirada da cobertura vegetal foi a maior fragmentação dos ecossistemas e o aumento do processo erosivo. A longo prazo, tal situação levou a sérios problemas associados, como perda da capacidade produtiva das terras, redução nas colheitas, degradação física, química e biológica dos solos, aumento no custo de produção, assoreamento dos rios e reservatórios, redução na qualidade e disponibilidade da água, aumento no custo de tratamento e danos à vida aquática. O bioma da Mata Atlântica ocupava, originalmente, cerca de 13 milhões de hectares (50% da superfície do Estado), tendo atualmente remanescentes de mata e restinga que atingem apenas 600.000 hectares, aproximadamente, 5% da cobertura original. Outra conseqüência direta do desmatamento abusivo tem sido o desaparecimento gradativo de espécies vegetais de valor econômico e ecológico, das quais se destacam o pinheiro brasileiro, (Araucaria angustifolia), as canelas (Nectandra spp.), os angicos (Parapiptadenia rigida), os cedros (Cedrela fissilis), as grápias (Apuleia leiocarpa), as imbuias (Ocotea porosa), etc. O ecossistema campos, em área limítrofe com a Argentina e com o Uruguai, vem sofrendo forte descaracterização em função da utilização intensiva para atividades agropecuárias e com o incremento do uso de espécies vegetais exóticas para melhorar as pastagens naturais. Este processo destrói as características naturais do ecossistema campo, colocando-as em risco de completa eliminação, apesar de sua importância ecológica. Cabe ressaltar a necessidade de serem adotadas soluções conjuntas, pois alguns desses locais formam corredores ecológicos. Nas áreas de restinga, junto ao Litoral do Estado do RS, há situações bastante distintas em função de influências antrópicas e relativamente ao seu estado de conservação, no que se refere aos aspectos da biodiversidade. O Litoral-Norte, que tem estreita relação com os remanescentes da Mata Atlântica, teve forte perda de suas características naturais, motivadas por urbanização, além de outros fatores antrópicos de menor intensidade. No Litoral Médio e no Litoral Sul, há uma ocupação principalmente com agricultura extensiva e cultivos de florestamentos com espécies exóticas (principalmente Pinus spp.), embora nesses locais situem-se os dois principais redutos de importância global do Estado: Parque Nacional da Lagoa do Peixe (sítio Ramsar, situado no Litoral Médio) e Estação Ecológica do Taim (no Litoral Sul). A Estação faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e do Sistema Lagunar da Lagoa Mirim, na fronteira com a República do Uruguai, situada junto à Reserva da Biosfera de Bañados del Este. Nas duas áreas, além da introdução de espécies exóticas, ocorre intensivo uso das áreas de entorno para cultivo de arroz irrigado. Aqui se salienta uma ameaça que vem se incrementando mais recentemente: a utilização de áreas para aqüicultura, com peixes/crustáceos exóticos, colocando-se em risco a rica diversidade biológica nativa regional (e, nesse caso, internacional) (Margareth et al., 2005). |
Ação | Situação |
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1.2.1.3 Sub-national level | on going |
A espécie é considerada "Extinta" (EX), segundo a lista das espécies da Flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo (SMA-SP, 2004). |